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6 de Novembro de 2024

Um profundo ataque aos serviços público e servidores e servidoras

Nesta quarta-feira (6), uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) garantiu a implementação de um enorme ataque aos serviços e servidores públicos. Por 8 votos a 3, a maioria dos ministros validou a mudança na Constituição, realizada pela emenda constitucional 19/98, que permite a contratação de servidores públicos sob o regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), sem a proteção da estabilidade garantida pelo regime jurídico único.

A alteração, inicialmente aprovada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1998, havia sido suspensa em 2007, mas agora volta a ter validade com a aprovação da maioria dos ministros.

A decisão tem efeito retroativo, para a União, estados, munícipios e o Distrito Federal e poderá validar os contratos realizados em regime celetista desde a promulgação da EC (emenda constitucional) 19/98 e que estavam sob júdice. Contudo, uma modulação proposta pelo ministro Flávio Dino, não permite que os atuais servidores, regidos pelo RJU (Regime Jurídico Único), sejam afetados pela decisão.

A ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 2135, agora indeferida pelo STF, foi proposta em 2000 pelo PT, PCdoB, PDT e PSB e questionava a validade do processo de votação da EC 19/98, porque o texto aprovado no primeiro turno de votação foi diferente do texto votado em segundo turno nas casas legislativas, uma flagrante irregularidade.

Uma reforma administrativa profundamente reacionária aplicada contra os serviços e servidores públicos pelo STF

A decisão do STF ocorre, não por acaso, no momento em que o debate sobre a reforma administrativa ganha força no governo Lula e nos setores empresariais. Recentemente, uma coalização de empresários se reuniu com o vice-presidente, Geraldo Alckmin, para entregar um documento que defende diretrizes para tal reforma.

O governo Lula também está implementando uma reforma administrativa através de instrumentos infralegais como a portaria 5127/2024, que estabelece as diretrizes para a reestruturação de carreiras no funcionalismo federal; a Instrução Normativa 24/2023, que cria o PGD (Programa de Gestão e Desempenho), para servidores em regime de teletrabalho, presencial ou híbrido; o processo de municipalização e entrega dos hospitais federais do Rio de Janeiro para OS’s (Organizações Sociais); entre outras medidas que estão previstas para serem implementadas pelo governo.

O MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos), há pouco tempo montou um grupo de trabalho com a AGU (Advocacia Geral da União) para formular uma proposta de reforma administrativa a ser enviada ao Congresso Nacional em abril de 2025. O GT não conta com a participação das entidades sindicais dos servidores públicos e nem sequer foi objeto de negociação na Mesa Nacional de Negociação Permanente, a qual o governo Lula se recusa a reunir desde fevereiro deste ano.

A decisão do STF coloca em risco severo a qualidade e continuidade dos serviços públicos em todas as esferas, com a permissão de contratação em regime celetista, sem direito à estabilidade, com ampliação do processo de contratação temporária e processos seletivos simplificados.

Sem direito à estabilidade, os servidores contratados em regime celetista estão muito mais sujeitos ao assédio moral das chefias, que podem usar a ameaça de demissão para impor ao trabalhador a realização de uma atividade que esteja em contradição com a garantia da transparência, eficiência e qualidade do serviço público ofertado à população. O processo de seleção simplificado também favorece a contratação direcionada de pessoas indicadas por parlamentares, chefias comissionadas e políticos de modo geral, ampliando o processo conhecido como “cabide” nos serviços públicos.

Outro problema desse regime de contratação celetista e temporário é de que o governo pode de ofício promover um processo de demissão massiva para economizar no orçamento e descontinuar serviços públicos de saúde, educação, assistência social, entre outros. Assim, deixando a população, principalmente de baixa renda, desassistida.

Esse modelo de contratação também afeta a renda e as condições de trabalho dos servidores, submetidos a esse regime. Sem direito a plano de carreira, esses servidores tendem a receber menos do que os trabalhadores do Regime Jurídico Único, exercendo a mesma função. Sem direito à estabilidade, com contratos precários, esses servidores estarão mais sujeitos a se submeter a condições piores de trabalho, com jornadas de trabalho mais extensas e com isso mais propensos a desenvolver doenças ocupacionais.

“São inúmeros os prejuízos que a decisão do STF vai causar aos serviços, às servidoras e servidores públicos. A ofensiva neoliberal contra os serviços públicos está a todo vapor. Precisamos de um forte processo de mobilização contra essa medida do STF e a reforma administrativa que está sendo implementada pelo governo Lula. Os servidores públicos conseguiram derrotar a PEC 32/2020 de Paulo Guedes depois de mais de 20 semanas seguidas de mobilização, precisamos seguir esse exemplo”, o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Fabiano dos Santos, da direção da Fenajufe e servidor do judiciário federal em São Paulo. Fabiano acompanhou a sessão do STF neste último dia 6.

O servidor reforça o sentimento da categoria quanto ao governo: “Não podemos confiar no governo Lula, menos ainda no Congresso Nacional e no STF. Todos eles estão comprometidos com o arcabouço fiscal, o pagamento do sistema da dívida pública e vão seguir aplicando reformas neoliberais e realizando cortes nas áreas sociais, comprometendo a continuidade e a qualidade dos serviços públicos fundamentais à população”.

[–] [email protected] 1 points 19 hours ago

vc pode continuar se iludindo nesses partidos comunistas ai, fica em paz kkk

 

Yuri Ferreira, 6/11/2024 · 14:22 hs

A expansão da matriz elétrica brasileira em 2024 está batendo recordes, com a implantação de 256 usinas nos últimos 10 meses.

Até o fim do mês, a capacidade fiscalizada das novas unidades totalizou mais 9 mil MW, superando a Usina Hidrelétrica de Tucuruí, que possui 8,5 mil MW.

Em outubro, foi registrada a maior ampliação do ano, com 39 novas usinas e um aumento de 1.5 mil MW na capacidade.

Das novas adições em 2024, 90% provêm de fontes solar (48,59%) e eólica (41,43%), com destaque para 119 usinas solares fotovoltaicas (4.563,87 MW) e 109 eólicas (3.875,30 MW), mostrando o caminho do governo no rumo da transição energética que consolidará o Brasil como país com a matriz energética mais limpa do mundo.

Em outubro, os principais estados com expansões foram Minas Gerais (442,17 MW) e Pernambuco (380,10 MW), além da importância Bahia, e Rio Grande do Norte na expansão nacional do setor energético.

Em julho, o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira havia afirmado que a as energias limpas seriam o futuro do país. “O sol e o vento serão os maiores indutores do desenvolvimento do Nordeste brasileiro, por meio da geração de energia limpa e renovável”, afirmou.

interessante, liga bem com o proj burgues de criar a nova soja: o hidrogenio verde

[–] [email protected] 2 points 2 days ago (2 children)

honestamente, é o esperado

qndo rolou a tentativa de golpe do 8 de janeiro de 2023, 1 dia após, rolou um ato aqui. Um dirigente do PT falou: "a gnt precisa começar a sujar os sapatos de barro."

falar proceis: se nao estao sujes ate o pescoço de merda, procurem a primeira organização de luta q vcs encontrarem por ai! pq na base ja tá assim, quem nao ta na base q vai falar uma merda dessa q o tal dirigente ali falou

qndo digo organização de luta, procure organizações q falem de luta territorial, de ação direta, e q nao fiquem discutindo eleição, q q a gnt realmente ganhou, como classe trabalhadora, nos ultimos 30 anos se afundando em eleição?

procurem a luta territorial das ocupações e assentamentos, na cidade e no campo, procurem aquelas q falam de clandestinidade, de movimento, de luta popular, de autonomia de classe, essas são palavras chave

 

Yuri Ferreira, 5/11/2024 · 14:45 hs

O governador do Estado de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) afirmou veementemente que não será candidato à presidência nas eleições de 2026.

Apontado por diversos atores políticos - incluindo o prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB-SP) - como um presidenciável, Tarcísio nega a possibilidade.

Em entrevista à CNN ontem, o governador carioca de São Paulo afirmou que "a única coisa que eu vou concorrer é a reeleição ao governo de SP. (...) A visão de hoje vai se manter daqui dois anos. Eu já venho dizendo isso, mas as pessoas não acreditam. Quero ver quando chegar 2026, e todo mundo ver que eu estava falando [era] para valer”.

O motivo, de acordo com Tarcísio, é sua fidelidade ao inelegível ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem deixado claro a interlocutores que será o candidato nas próximas eleições.

“Os motivos da inelegibilidade são muito frágeis. O meu candidato é ele. Eu estarei com ele (Bolsonaro)”, disse o governador.

O padrinho político de Tarcísio, Gilberto Kassab (PSD), mandachuva da legenda que mais venceu prefeituras em 2024, afirma que existe um projeto para que o governador vá para a presidência, mas que o projeto pode ser direcionado para o ano de 2030.

"Meu projeto é Tarcísio, sendo Tarcísio, eu vou estar alinhado com o projeto que seja compatível com o projeto do Tarcísio, seja ele governador ou presidente", disse Kassab em entrevista ao blog de Andreia Sadi nesta semana.

uepaaaaa aparentemente essa fita da inelegibilidade nao vai durar mt

 

Após se dizer “mulher de direita”, cantora já perdeu contrato com a Avon, foi cortada da SPFW e se desentendeu com Tuca Andrada nas redes

fofoquinha da forum ai pra nois

[–] [email protected] 4 points 4 days ago

e a história se repete como tragédia kkkkkkkkkkkk

curioso né

[–] [email protected] 3 points 4 days ago

vem ai o gestor Dória no PSB kkkkkk

[–] [email protected] 3 points 6 days ago

crl mais chuva?

e essa porra de prefeitura e EDP, q pqp hein

[–] [email protected] 5 points 1 week ago (1 children)

cara é bizarro, eu tinha uma certa dependencia no win antes por conta dos software de audio q eu usava

dai descobri q no linux tinha uma forma de usar eles tbm, ai troquei o win10 pelo mint (q eu usava antes, entao ja tava habituado)

mas assim, troquei tbm pq o win10 tava fudendo meu HD por motivo nenhum. Ai tirei a conclusao q eles tavam fudendo o HD na intenção de forçar vc a gastar num SSD, sendo q eu tenho 1 TB nessa caceta! fora q a forma como o DOS aloca memoria serve só pro HD msm, botar SSD no windows é pedir pra ter q trocar o SSD em 2 ou 3 anos pq ele fode toda a vida util do SSD

enf, fui pro mint, resolvido kk, nunca mais tive lerdeza, e todos os softwares q eu tinha no windows pra audio eu tenho aqui kkk

 

Plinio Teodoro, 1/11/2024 · 10:18 hs

Antiga porta-voz da burguesia financista de São Paulo, a revista Veja tenta voltar ao jogo político bajulando Jair Bolsonaro (PL) com foto de capa nesta sexta-feira (1º) que serve como isca para atrair o ex-presidente para a "frente ampla" que vem sendo construída pelo consórcio neoliberal em torno da candidatura de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) na terceira via.

Em uma entrevista bem ao estilo Veja, combinada nos mínimos detalhes com o entrevistado, Bolsonaro é classificado como " um dos grandes vencedores nas eleições"

"Mesmo sem mandato, inelegível e na iminência de se tornar réu em processos como o da tentativa de golpe no 8 de Janeiro, encarnou a bandeira de líder dos conservadores e ajudou a direita a obter vitórias significativas", descreve a revista do clã Civita.

Após afagar Pablo Marçal (PRTB) - "jovem, tem um baita futuro", mas "mão usou para o bem a inteligência" -, Bolsonaro é indagado: "Diante do fato de que o senhor está inelegível, quem pretende apoiar em 2026?".

"Falam em vários nomes, Tarcísio, Caiado, Zema… O Tarcísio é um baita gestor. Mas eu só falo depois de enterrado. Estou vivo. Com todo o respeito, chance só tenho eu, o resto não tem nome nacional. O candidato sou eu", diz, já se acostumando com a ideia de ficar fora do pleito e colocando o governador paulista na linha sucessória.

Em seguida, perguntado se acha "possível" recuperar os seus direitos políticos, Bolsonaro ameniza o tom e diz que "pretendo disputar 2026".

"São injustiças, uma perseguição", disse sobre as condenações pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "O pessoal já sabe, mas preciso massificar isso entre a população. Depois, as alternativas são o Parlamento, uma ação no STF, esperar o último momento para registrar a candidatura e o TSE que decida. Não sou otimista, sou realista, estou preparado para qualquer coisa", emendou, ressaltando o "qualquer coisa", inclusive ficar fora da disputa contra Lula.

A Veja ainda especula sobre um movimento de "bastidores" em que "fala-se que Lula e o PT teriam interesse em ajudar o senhor a recuperar os direitos políticos, pois seria mais fácil enfrentá-lo em 2026 do que outros presidenciáveis".

Manso, o ex-presidente não discorda. "Já ouvi isso aí. Vão me rememorar como fascista, racista, homofóbico, grosso… Estou com 69 anos", disse.

Sobre o indiciamento iminente no inquérito dos atos golpistas, o ex-presidente disse que não ter "medo de julgamento, minha preocupação é quem vai me julgar", em alusão ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Nas últimas eleições, nós do PL enfrentamos a máquina estadual, a municipal e o Alexandre de Moraes, com aquelas buscas e apreensões. Ele interveio na minha eleição. Quando inventou o inquérito dos empresários golpistas, inibiu uma gama de gente que estava do meu lado. Agora, no caso da derrubada do X, perdi contato com milhões de pessoas. É a rede mais democrática que nós temos. Eles não querem censurar fake news nem barrar desinformação, querem censurar a verdade. A turma que está lá com o Moraes, como o pessoal da PF, são pessoas que trabalham atendendo ao desejo dele", alegou.

eu achei curioso esse inicio aí, q especula uma aliança entre Tarcísio e Lula em 2026.... eita eita hein

[–] [email protected] 3 points 1 week ago

entao, aparentemente é como já usamos num geral nosso dinheiro atual, sao poucas as pessoas e cada vez menos lugares q realmente movimentam valores à mão, ate nos interiores ce tem pix ai a dar com pau

mas a nvl institucional, parece mt interessante, pq parece q consegue dar fmz pras empresas. Por exemplo, se eu abrir um MEI e for contratado por uma outra empresa, ela pode abrir um acordo pra me pagar em DREX de tanto em tanto tempo conforme eu for executando os serviços nesse acordo, e ai eu tenho previsibilidade e a contratante mais confiança de q eu vou entregar o serviço q ela contratou

agr no dia a dia das pessaos, nada d+, talvez só essa fita de uma pessoa poder configurar seu proprio protocolo e poder oferecer serviços financeiros, parece bem battle royale kkk

[–] [email protected] 2 points 1 week ago

cara, aqui na minha região, já tem cerca de 7. Não tem nem 6 meses q esse câncer começou a se espalhar aqui.

infelizmente nao temos organizado contra essa porcaria, o futuro é bem doloroso viu

 

31 de outubro é o Dia do Saci, não se engane minhe amigue não é dia de Halloween!

[–] [email protected] 5 points 1 week ago

pior q é, na matéria diz:

Por lei, acusação e defesa têm o direito de recusar, cada um, até três jurados sem apresentar justificativas.

[–] [email protected] 3 points 1 week ago

ah deve ser isso entao

nao exatamente foi o Rick azevedo, mas foi a turma dele, da coordenação nacional do VAT

e nao foram so comunistas, foram varias pessoas, militantes do movimento, q tinham mtas criticas

aliás, detalhe, a candidatura do Rick NAO FOI aprovada coletivamente. Ele só chegou e jogou essa bomba no colo do movimento e é isso

aqui tem o post com todos os detalhes dessa dissidencia, no insta

[–] [email protected] 4 points 1 week ago (2 children)

vc ta falando da dissidencia do VAT q surgiu recentemente, ou tem outra fita?

[–] [email protected] 1 points 1 week ago

precisar a gnt precisa acho q desde q fomos colonia né? kk

mas assim, entendo q será de uma ou de outra: no momento nossa burguesia e a burguesia estadunidense tem relações mt próximas, mas a burguesia chinesa tbm tá mt interessada em expandir no Brasil

assim, no caso da burguesia estadunidense, fora as empresas q possui aqui, tem fundos q compram empresas brasileiras (se nao me engano tem um fundo estadunidense dono da embraer, por ex), e qndo nao isso, tem mt gringo rentista tbm.

a burguesia chinesa vem mais recente, na industria textil é mt forte, mas tbm vem entrando na nova onda do hidrogenio verde: placas solares, eolicas, tecnologia pra produção de energia renovavel, empresas de geração de hidrogenio verde e ai vai; fora outras areas tecnologicas

no fim enquanto a nossa classe trabalhadora nao for capaz de se organizar fora do estado burgues, numa estrutura paralela e autonoma, pra criar uma força capaz de derrubar esse estado burgues, a gnt vai conviver com isso ai, uma dualidade entre EUA e China

acredito q eventualmente a China vai ganhar essa queda de braço, a burguesia brasileira num geral tem mt mais a ganhar trocando seu aliado

pra nós proletariado, tem seus beneficios, mas no fim, o jogo é da burguesia, né?

 

Por Iara Vidal, 28/10/2024 · 14:22 hs

O Brasil não vai mais aderir à Nova Rota da Seda. O recado de Brasília à Pequim foi dado pelo principal assessor para assuntos internacionais do presidente Lula, Celso Amorim.

A decisão anunciada pelo ex-chanceler se contrapõe à uma declaração de Lula em julho passado, durante entrevista concedida a jornalistas estrangeiros em Brasília. Na ocasião, o presidente comentou que o Brasil tinha interesse em conversar com a China para aderir à Nova Rota da Seda. Nessa conversa, o objetivo seria saber em qual posição os brasileiros vão jogar. "Nós não queremos ser reserva, nós queremos ser titular".

Para Pequim, aquela fala de Lula apontava para um "golaço" diplomático. Na ocasião, a China celebrou a possível adesão do Brasil à Nova Rota da Seda, usando o futebol como metáfora para destacar a importância da cooperação.

Agora, a sensação de quem apoia a adesão do Brasil à Nova Rota da Seda é uma espécie de 7 a 1, que remete à fragorosa derrota da seleção brasileira para o time da Alemanha, no dia 8 de julho de 2014, durante a semifinal da Copa do Mundo do Brasil. O jogo aconteceu no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG), e é considerado uma das derrotas mais marcantes na história do futebol brasileiro.

Sinergia e não adesão

Em entrevista ao jornal O Globo desta segunda-feira (28), Amorim afirmou que o governo brasileiro busca elevar as relações com a China a um novo patamar, sem a necessidade de formalizar um "contrato de adesão" à Iniciativa Cinturão e Rota (BRI, da sigla em inglês), o programa de investimentos chineses.

"A palavra-chave é sinergia. Não é assinar embaixo, como uma apólice de seguro. Não estamos entrando em um tratado de adesão. É uma negociação de sinergias", disse ao jornal carioca o chanceler.

A Nova Rota da Seda já conta com cerca de 150 países signatários, mas, segundo Amorim, o Brasil avaliará os projetos que sejam de seu interesse e poderá aceitá-los ou não, de acordo com suas prioridades. "O que importa é que os projetos atendam ao que o Brasil definiu", completou o assessor, durante entrevista.

Amorim participou de uma missão à China na semana passada, com o objetivo de discutir a visita de Estado do presidente Xi Jinping ao Brasil, que deve ocorrer em novembro, durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro.

Segundo o ex-chanceler, os projetos em análise entre Brasil e China podem incluir não apenas infraestrutura, mas também áreas como energia solar e veículos híbridos ou elétricos, e até serem ampliados para outros países da América do Sul.

Na última quarta-feira, em um evento em São Paulo, a representante de Comércio dos EUA, Katherine Tai, sugeriu que o Brasil deveria ser cauteloso em relação à possível adesão à Nova Rota da Seda, o que irritou Pequim.

Em resposta, a Embaixada da China no Brasil divulgou uma nota afirmando que a recomendação de Washington "desrespeita o Brasil, um país soberano, e ignora que a cooperação sino-brasileira é igualitária e benéfica para ambos".

Gol perdido

O gol perdido pelo Brasil ao anunciar que não vai aderir à Nova Rota da Seda ocorre às vésperas da vinda ao país do presidente chinês, Xi Jinping. Está prevista uma visita de Estado dele em novembro para participar da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro e celebrar os 50 anos de relações diplomáticas sino-brasileiras celebradas este ano.

Durante sua estadia, ele participará de reuniões bilaterais com o presidente Lula para aprofundar a cooperação econômica e estratégica entre os dois países, mas agora sem adesão brasileira à Iniciativa Cinturão e Rota. Xi também deve comparecer à cúpula do G20, grupo presidido pelo Brasil este ano, onde líderes das 20 maiores economias do mundo discutirão temas globais relevantes.

Onde está a diplomacia "altiva e ativa"?

A Fórum conversou com especialistas que acompanham as relações Brasil-China sobre essa decisão brasileira de não aderir à Nova Rota da Seda.

O especialista em relações internacionais Diego Pautasso observa que o Brasil precisa fazer o cálculo da correlação de forças interna e internacional para qualquer tomada de decisão e, portanto, é preciso levar em consideração o peso e a importância dos Estados Unidos para a região e para o mundo.

Pautasso, que tem pós-doutorado em Estudos Estratégicos Internacionais, doutorado e mestrado em Ciência Política, além de graduação em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), atualmente leciona relações internacionais na UFRGS e na PUC Minas. Ele também foi professor colaborador na China, na Universidade de Ciência e Tecnologia do Sudoeste.

Ele questiona como essa decisão de ficar de fora da Iniciativa Cinturão e Rota se enquadra em uma diplomacia "ativa e altiva".

"Se o Brasil tem a ambição de ter uma região externa, como o ex-chanceler [Celso Amorim] dizia, 'autiva e ativa', precisa ser partícipe desse processo do qual nós temos essa aspiração de reorganização do sistema internacional", observa.

Pautasso pondera que a mensagem da fala de Amorim deixa o Brasil submisso aos desejos de Washington.

"Nós não vamos poder fazer parte do BRICS, nós não vamos poder fazer parte do Conselho de Segurança da ONU se a cada decisão houver receio excessivo acerca de desagradar os Estados Unidos", alfineta.

Ele também alerta para a forma com que Pequim receberá essa negativa de adesão à Nova Rota da Seda.

"Tampouco seremos um parceiro confiável à China na construção de um mundo multipolar, como ativo membro dos BRICS, se não fizermos parte de um processo de integração, que é a Nova Rota da Seda, do qual já fazem parte 150 países, a grande parte deles menor, menos expressivo e mais vulnerável do que o Brasil e que aceitaram fazer parte da iniciativa chinesa justamente porque ela não suprime a soberania, não suprime a margem de manobra diplomática do país", argumenta.

Pautasso, por fim, observa que há movimentos na política externa brasileira que destoam de determinados padrões históricos do Itamaraty e de padrões mais específicos da política externa durante os Governos Lula 1 e 2.

O governo negociou antes dessa decisão?

O professor de Direito Internacional da FGV Direito Rio e da Universidade Federal Fluminense (UFF), Evandro Menezes de Carvalho, que também tem pós-doutorado na Universidade de Pequim, critica a fala de Amorim. Ele observa que falar em “contrato de adesão” não corresponde à realidade da Iniciativa Cinturão e Rota (ICR).

"A ICR não se baseia em contrato de adesão. Não é um tratado multilateral de livre comércio proposto pela China, mas uma proposta de parceria apresentada pela China para uma relação comercial, financeira e de pessoas no âmbito da ICR cujos termos estão para ser negociados com cada parte.

Carvalho afirma que a questão que está em aberto diante do anúncio de Amorim é a seguinte: o governo brasileiro sentou para ouvir e negociar as vantagens e as condições para participar da ICR?

"Se não, como se rejeita algo que não se sabe o que ganha e como contribuir? Se sim, quais as razões então que fundamentaram a decisão de não participar? Do modo como posto pelo ex-ministro, as razões não estão claras. É para diversificar as parcerias? Então porque não procurar negociar esta diversificação no âmbito da ICR que conta com 150 países participantes?", questiona.

Falta de foco na política externa brasileira

Para Hugo Albuquerque, advogado e analista de geopolítica, a Iniciativa Cinturão e Rota já foi assinada por vários países, inclusive com recorte mais liberal do que o Brasil, como o Chile. Ele classifica a Nova Rota da Seda como um importante marco para a circulação de mercadorias e investimentos.

"O Brasil não assinar isso com seu maior parceiro internacional, a China, enquanto insiste na assinatura do acordo Mercosul-União Europeia, que é criticado inclusive pelo liberal Macron na França e muitos setores na Europa e Mercosul, consiste em uma falta de foco da política externa - cujas causas devem ser mais bem investigadas, mas sugere uma sujeição estratégica aos EUA ou a tentativa de encontrar um meio-termo que, a rigor, não existe", analisa.

7 a 1 de Washington sobre a China?

A decisão brasileira de não aderir à Nova Rota da Seda circula em Brasília desde a semana passada. De acordo com fontes da Esplanada, Lula recuou de confirmar o time brasileiro como titular na iniciativa liderada por Pequim diante de uma campanha interna no próprio governo liderada pelo Itamaraty.

A diplomacia brasileira, comandada por Mauro Vieira, avaliou que a adesão do Brasil à Iniciativa Cinturão e Rota poderia "comprometer a soberania brasileira". O principal articulador desse recuo de Brasília seria o diplomata Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico no Ministério das Relações Exteriores.

Esse recuo brasileiro pode ser interpretado como uma movimentação influenciada por múltiplos fatores, entre eles as pressões de Washington. A relação do Brasil com os Estados Unidos, particularmente no governo Lula, tem sido caracterizada por uma tentativa de equilibrar interesses com grandes potências globais, mantendo uma diplomacia independente.

A postura dos EUA, que vê com desconfiança a crescente influência chinesa na América Latina, pode ter exercido uma pressão significativa para que o Brasil evitasse um alinhamento formal com a Nova Rota da Seda. Washington tem utilizado canais diplomáticos para influenciar os países da região, promovendo acordos bilaterais e multilaterais que ofereçam alternativas aos investimentos chineses.

Diante desse cenário, fontes contam que Lula bateu o martelo de que o Brasil não faria parte do projeto chinês e que a palavra-chave seria "sinergia", sem uma adesão formal.

A pauta da reunião agendada entre Lula e Xi em Brasília no dia 20 de novembro em Brasília está sendo reformulada sem o anúncio da adesão brasileira à Nova Rota da Seda. O tempo do encontro deverá ser reduzido.

Essa recalibragem das relações sino-brasileiras pode indicar que o Planalto busca um equilíbrio entre manter boas relações comerciais com a China e, ao mesmo tempo, evitar desagradar os Estados Unidos e seus interesses geopolíticos na região.

Independente das razões diplomáticas, a decisão anunciada por Amorim, certamente com as bênçãos de Lula, emula em Pequim um sentimento de ter sido goleado por Washington no campo brasileiro. Um gostinho de 7 a 1.

tirando as análises q colocam td como países ali, e indo pra algo mais palpável, quais seriam os setores burgueses relacionados aos EUA q fizeram lobby contra a Nova Rota? curioso não, o q os EUA ofereceu ao gov brasileiro nesse jogo ai?

faço as perguntas pra gnt quebrar a cabeça, pq é um ngc bem grande, eu ousaria dizer q nem a indústria textil estadunidense é contra a Nova Rota, eu acho q seria outros setores q vêem essa iniciativa chinesa como prejudicial a si.

 

aqui ta vaziozasso

é o esperado qndo tem um 2o turno com 2 candidatos q nao representam ngm, talvez a abstenção será reeleita

e não esqueçam do seu voto "democrático": eleição burguesa é 00 confirma ✅

 

Banco Central do Brasil, Publicado 12/01/2024 às 11:13, Atualizado 12/01 às 11:13

Começou a valer, no último dia 3, após regulamentação do Conselho Monetário Nacional (CMN), o limite dos juros e encargos financeiros no crédito rotativo e no parcelamento do saldo devedor da fatura dos cartões de crédito. O limite foi estabelecido pela Lei 14.690, de 3 de outubro de 2023 – que criou o Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas do governo federal –, que determina que o valor total cobrado a título de juros e encargos financeiros no rotativo e no parcelamento da fatura do cartão não pode ultrapassar 100% do valor da dívida principal.

Portanto, a partir de agora, a dívida de quem não paga o total da fatura do cartão de crédito e entra no chamado rotativo do cartão, não pode ultrapassar o dobro do valor devido. Esse limite continua valendo mesmo se a dívida do rotativo for migrada para a modalidade de crédito parcelado. Isso significa que a cobrança de juros e de encargos financeiros sobre uma dívida com um valor original de R$100 pode elevar o valor devido a, no máximo, R$200.

Para o diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Damaso, a medida é importante porque pode contribuir para redução da inadimplência e do endividamento das famílias.

“A regulamentação do CMN da Lei 14.690, de 2023, padronizou a regra e os conceitos para aplicação do limite dos juros e dos encargos financeiros cobrados no crédito rotativo e no parcelamento da fatura de cartões de crédito pelas instituições financeiras”, afirma Otávio Damaso, diretor de Regulação do Banco Central do Brasil

Uso mais consciente do cartão de crédito

A entrada em vigor do limite nos juros do cartão de crédito se soma a uma série de outras medidas recentes que o Banco Central (BC) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) têm tomado para permitir um uso mais consciente desse importante instrumento de crédito pela população brasileira e fomentar a educação financeira como um todo – são cerca de 209 milhões de cartões ativos em operação no país (dado de dezembro de 2022).

Entre essas medidas, está a Resolução BCB 365, publicada em dezembro passado, que tem como objetivo aprimorar a transparência e facilitar o entendimento das informações das faturas de cartão de crédito por parte de seus titulares, bem como incentivar a adoção de práticas de crédito responsável, o que pode reduzir os riscos de superendividamento das famílias e de inadimplemento. Saiba mais aqui.

Outro normativo é a Resolução Conjunta 8, que regula as medidas de educação financeira a serem adotadas por instituições financeiras, instituições de pagamento e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BC, com vistas a, entre outras finalidades, prevenir problemas como o superendividamento. Saiba mais aqui.

nao é noticia recente, mas achei MUITO interessante ai, eu tenho uma divida aberta tbm, e a questao é q é passivel de abrir processo contra o banco pra resolver esse problema

mt gnt relata problemas com isso com o roxinho né? pessoa pega divida de 1000 reais e ta em poucos meses ta devendo 100k, 200k, ja vi até 1 milhao, taí, quem quiser só consultar um advogado e meta-lhe processinho

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submitted 1 week ago* (last edited 1 week ago) by [email protected] to c/[email protected]
 

to afim de fazer um compilado de candidatos no caso, mas muitos recebem muita grana de campanha diretamente dos partidos né, dai não sei dizer se veio só de fundo partidário ou se tem mais alguma coisa

EDIT: existe sim! acabei de descobrir, ta ai no link

 

Por Combate.com — Rio de Janeiro, 24/10/2024 15h25 Atualizado há 5 horas

A notícia do falecimento de Maguila foi confirmada pela sua esposa, Irani Pinheiro, em entrevista ao canal de TV "Record".

"Ele estava, ficou 28 dias internado, e a gente procurou não falar com a imprensa, porque eu procurei cuidar da minha família. É o momento de cada um. O Maguila estava há 18 anos com encefalopatia traumática crônica... Há 30 dias, foi descoberto um nódulo no pulmão, ele sentiu muitas dores no abdômen, tiraram dois litros de água do pulmão, não conseguimos fazer a biópsia", relatou Irani.

Maguila nasceu no dia 11 de julho de 1958, em Aracaju. Dos 17 anos em que lutou, acumulou um cartel de 85 lutas, 77 vitórias (61 por nocaute), sete derrotas e um empate técnico. Com seu jeito carismático e suas entrevistas folclóricas, foi cativando o público. Entre as lutas mais especiais da carreira, estão os confrontos com nomes como Evander Holyfield e George Foreman.

"Eu me interessei por boxe porque eu sempre fui fã do Muhammad Ali, do Cassius Clay. Sempre fui fã dele e disse: vou lutar boxe. Gostava demais dele. Quando eu comecei a assistir, nem televisão tinha em casa", disse ao ge em 2015.

Mas o início no pugilismo só viria mais tarde. Logo aos 14 anos, o então jovem Adilson foi para São Paulo para ser ajudante de pedreiro. A vida na capital paulista trouxe muitas dificuldades, inclusive a fome.

"Fiquei amarelo, pálido. Foram três meses (comendo) pão com banana. Minha morada era um caminhão abandonado no Butantã, desses que carregam entulho. Quando o dono descobriu que eu dormia lá, tirou o caminhão, e eu fiquei (dormindo) no poste", disse o lutador em 1987, ao documentário "Maguila", de Galileu Garcia, lançado em 1987.

Profissão: pugilista

Começou a treinar em 1979, e a primeira luta veio dois anos depois, em 1981. Foi na “Forja de Campeões”, maior evento de boxe do Brasil, que acontece desde 1941, sob o comando do técnico Ralph Zumbano, tio de um de seus ídolos, Éder Jofre.

O primeiro título brasileiro veio em 1983, ao vencer Waldemar Paulino, no icônico ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Maguila se manteve no topo da categoria no Brasil e dono do título até 1995. Foi campeão sul-americano pela primeira vez em 1984, ao nocautear o argentino Juan Antonio Figueroa ainda no primeiro round, também no Ibirapuera. Ele manteve o título por 10 anos.

"Aquela luta terminou a minha carreira, porque deslocou a retina do olho direito. Para o Maguila foi um trampolim para decolar na carreira. Salvaram meu olho depois de duas cirurgias. Era muito perigoso continuar minha carreira nessa situação. Tive que decidir e parei", contou Falconi ao ge em 2019.

Maguila também conquistou o cinturão das Américas pelo Conselho Mudnial de Boxe (WBC), em 1986, e da América Latina pela Associação Mundial de Boxe (WBA) e pela Federação Internacional de Boxe (IBF), ambos em 1996.

Apesar de não ter conquistado o título por uma das quatro principais organizações mundiais de boxe, Maguila foi o primeiro brasileiro campeão mundial dos pesos-pesados. Em 1995, ele venceu Johnny Nelson, em Osasco, e conquistou o cinturão da Federação Mundial de Boxe (WBF), uma entidade considerada de segunda prateleira.

Maguila pendurou as luvas em 2000 e foi nocauteado por Daniel Frank em seu adeus aos ringues, no dia 29 de fevereiro daquele ano.

Holyfield e Foreman: as maiores lutas da carreira

No dia 15 de julho de 1989, o Brasil parou para assistir ao duelo de Maguila com Evander Holyfield. O brasileiro vinha de uma sequência de 18 vitórias, incluindo o marcante triunfo por pontos sobre James "Quebra-Ossos" Smith, em 1987, e vivia o melhor momento de sua carreira. No primeiro round, o sergipano até levou a melhor, mas a alegria durou pouco. No assalto seguinte, o norte-americano conquistou uma vitória contundente com um nocaute fulminante.

"A luta contra Maguila foi importante para mim. Ele era número um e meu objetivo era ser o número um e forçar a luta contra Tyson. Eu treinei para isto. Nós lutamos, eu o nocauteei, e as pessoas sentiram que eu tinha força, assim como Tyson", disse Holyfield, em entrevista ao Esporte Espetacular, em 2015.

Em 16 de junho de 1990, Maguila enfrentava novamente um grande nome do boxe mundial, um ano após ser derrotado pelo então campeão mundial Evander Holyfield. Aos 32 anos, em Las Vegas, Maguila subia ao ringue para enfrentar George Foreman na preliminar da luta entre Mike Tyson e Henry Tillman.

Na época, Maguila ostentava um cartel importante nos pesos-pesados, com 36 vitórias e o 10º lugar no ranking da Associação Mundial de Boxe (WBA). Do outro lado do ringue, Foreman, com 41 anos, lutava para poder disputar novamente o cinturão da categoria.

"Falar sobre o Foreman é pensar em cair de novo. Só em falar dele dá vontade de cair", brincou Maguila ao relembrar a luta. "O "véio" era uma parada dura. O que eu vou contar são as quedas que levei, batia no "veio" e ele nem se mexia. Ali foi problema, estou vivo e tranquilo. Se ficasse em pé ele me matava", disse Maguila ao ge.

Fora dos ringues

Em 2009, lançou o álbum "Vida de Campeão", com a música que dá nome ao disco, de sua autoria, e a gravação de sambas consagrados. Também realizou alguns trabalhos na TV, inclusive como comentarista de economia.

Fã de samba, Maguila foi homenageado ao virar enredo da escola de samba "Me Chama Que Eu Vou", no desfile virtual de 2021. A canção "Para que nunca se esqueça, um abraço, Maguila", é de autoria do compositor Thiago de Souza (confira a música no vídeo abaixo).

A demência pugilística

Em 2013, foi diagnosticado com encefalopatia traumática crônica, também conhecida como demência pugilística. Trata-se de uma doença neurodegenerativa e irreversível, causada por golpes na cabeça. Além de Maguila, a condição acometeu outros grandes nomes do esporte, como o também pugilista e campeão mundial Éder Jofre e o zagueiro Bellini, campeão da Copa do Mundo de 1958 com o Brasil.

De início, os sintomas pareciam esquecimentos normais de carteiras, chaves. Até que as situações se tornaram mais graves e perigosas, como quando o ex-lutador saía de casa e ficava perdido, desorientado. Uma agressividade inesperada foi surgindo, e sua esposa, Irani Pinheiro, buscou ajuda dos especialistas. O primeiro diagnóstico veio em 2010: Mal de Alzheimer, doença progressiva que destrói funções cerebrais. Mas tudo começou a fazer mais sentido três anos mais tarde, depois do segundo diagnóstico: demência pugilística.

"Ele vem sofrendo há 18 anos, nessa luta com ele tentando dar uma qualidade de vida melhor. A gente sempre cuidou do Maguila com muito carinho. Agradeço a todos os brasileiros que torceram. A doença é complicada, a gente tentou fazer o melhor. Eu casei em 1989 com o Maguila, aos 18 anos; hoje eu tenho 58 (anos), 40 anos de casada. A gente teve momentos bons e ruins, mas Deus sempre esteve conosco", comentou Irani.

"Quero mandar um abraço para todos os meus fãs do Brasil. Um abraço grande para eles", disse Maguila, em uma de suas últimas entrevistas ao ge.

Confira a nota de pesar emitida pelo Ministério do Esporte:

"O Ministério do Esporte lamenta o falecimento de José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Maguila, um dos maiores nomes da história do boxe brasileiro. Maguila faleceu nesta quinta-feira (24), aos 66 anos, deixando um legado esportivo inestimável e uma trajetória marcada por conquistas.

Nascido em Aracaju (SE), Maguila começou sua carreira como pugilista nos anos 1980, e rapidamente se destacou por seu estilo agressivo e determinação incansável. Com uma carreira de mais de 20 anos, acumulou 85 lutas, das quais venceu 77, sendo 61 por nocaute. Ele também conquistou o título de campeão sul-americano e campeão brasileiro dos pesos pesados, cinturões que manteve por anos, além de ser o primeiro pugilista brasileiro a disputar um título mundial nos pesos pesados.

Fora dos ringues, Maguila era conhecido por seu carisma e generosidade, sempre defendendo causas sociais e usando sua fama para ajudar os menos favorecidos.

O Ministério do Esporte reconhece a importância de Maguila para o esporte nacional e presta suas condolências à família, amigos e fãs que o acompanharam ao longo de sua brilhante carreira. O Brasil perde não só um ícone do boxe, mas também um homem cuja luta transcendeu o esporte."

morreu um pedacinho do Brasil hj, salve Maguila!

 

pra empolga nessa #musiquinta bota um sertanejo classicão ai

uma dor de cotovelo mais suave ai

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